As crianças chegam ao Memorial do Homem Kariri, inicialmente só para brincar, pois na sua entrada há um grande terreiro, como nas casas do sertão. É brincar de roda, de pião, de bila (bola de gude), de amarelinha. Descobrem através de outras crianças protagonistas no espaço que aquela casa azul faz parte de uma história e de uma memória. A oralidade e musicalidade dos mitos e lendas regionais nas vozes das crianças têm aí uma importância fundamental no cativar da infância, pois os mitos povoaram desde sempre a infância dos povos. Nessa trajetória do encontro das crianças com o Memorial do Homem Kariri, o mito torna-se uma história verdadeira e extremamente preciosa por seu caráter sagrado, exemplar e significativo, pois com diz Eliade ( 2004) a principal função do mito consiste em revelar os modelos exemplares de todos os ritos e atividades humanas significativas: tanto a alimentação, quanto o casamento, quanto o trabalho, a educação, a arte ou a sabedoria.
Depois do encontro com o intangível, as crianças percebem o valor simbólico na materialidade dos objetos pré-históricos do acervo arqueológico do Memorial do Homem kariri e no contar e recontar das histórias, se tornam os pequenos condutores e transmissores não apenas das crianças iniciantes, mas da comunidade e dos visitantes que chegam anualmente ao numero de 33 mil atendimentos, proporcionando ao Município a alternativa de desenvolvimento através do Turismo Social de Base Comunitária.
Foto: Renato Steckler |
Foto: Fundação Casa Grande |
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