ACESSE

sexta-feira, 4 de março de 2011

Arqueologia e o prisma das crianças do Memorial do Homem Kariri

As crianças chegam ao Memorial do Homem Kariri, inicialmente só para brincar, pois na sua entrada há um grande terreiro, como nas casas do sertão. É brincar de roda, de pião, de bila (bola de gude), de amarelinha. Descobrem através de outras crianças protagonistas no espaço que aquela casa azul faz parte de uma história e de uma memória. A oralidade e musicalidade dos mitos e lendas regionais nas vozes das crianças têm aí uma importância fundamental no cativar da infância, pois os mitos povoaram desde sempre a infância dos povos. Nessa trajetória do encontro das crianças com o Memorial do Homem Kariri, o mito torna-se uma história verdadeira e extremamente preciosa por seu caráter sagrado, exemplar e significativo, pois com diz Eliade ( 2004) a principal função do mito consiste em revelar os modelos exemplares de todos os ritos e atividades humanas significativas: tanto a alimentação, quanto o casamento, quanto o trabalho, a educação, a arte ou a sabedoria.

Depois do encontro com o intangível, as crianças percebem o valor simbólico na materialidade dos objetos pré-históricos do acervo arqueológico do Memorial do Homem kariri e no contar e recontar das histórias, se tornam os pequenos condutores e transmissores não apenas das crianças iniciantes, mas da comunidade e dos visitantes que chegam anualmente ao numero de 33 mil atendimentos, proporcionando ao Município a alternativa de desenvolvimento através do Turismo Social de Base Comunitária.
Foto: Renato Steckler

Foto: Fundação Casa Grande

Foto: Renato Steckler

Foto: Fundação Casa Grande

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